sexta-feira, 24 de junho de 2011

SERVIR OU SER SERVIDO?




Mt 20:28 – “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”

Mc 10:45

Entre servir e/ou ser servido, o que você escolheria?

O que é melhor? Servir ou ser servido por alguém?

Dentre tantos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos, uma ênfase muito grande foi dada aos seus discípulos sobre a importância do serviço ao reino de Deus.

A própria palavra de Deus revela Jesus Cristo, o filho de Deus, o Rei da Glória, como servo.

Em inúmeros versículos vemos seus discípulos sendo ensinados e conduzidos ao serviço às outras pessoas.
Mt 23:11,12 – “Porém o maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”
Eles corriam o risco de, “subir para cabeça”, o fato de serem discípulos de Jesus, mas, a Bíblia também mostra Jesus servindo aos seus discípulos.
Lc 22:27 – “Pois qual é maior: Quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.”
Jesus gastou tempo, com seus discípulos, ensinando sobre isso.
Jo 13:13-17 V 14, 15 – “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”

Ou seja, além de ensinar sobre o servir, Ele mesmo como o Messias, como Mestre e Rei – servia.

Seus seguidores aprenderam isso.

Rm 1:1 – “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.”

II Co 4:5 – “Porque nós não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.”

O apóstolo Paulo se apresentando às igrejas como servo e não como apóstolo (demonstrando títulos), mas, era como se ele estivesse dizendo: “Estou aqui (ou vos escrevo) para servi-los para ajudá-los, auxiliá-los, não busco meus interesses mais o de vocês.

Um dos princípios bíblicos mais importantes dentre todos os ensinamentos de Jesus aos seus seguidores certamente é o de aprender a servir.

Servir = trabalhar como servo, exercer funções de criado, por na mesa comida/bebida, auxiliar, ser útil.

Sl 100:2 – “Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto.”
Nesse caso a palavra no Hebraico Abad (Ebed) – fala de servo/escravo, alguém que age sob ordens de um superior.

Porém nesse caso Deus valoriza seus servos e se inclina favoravelmente a eles. Diferente dos mestres e senhores humanos, Deus preocupa-se com o bem estar de cada um dos seus servos.

Sl 35:27 – “Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O Senhor, que ama a prosperidade do seu servo, seja engrandecido”.
Ou seja, Deus cuida dos seus servos, diferente do padrão humano.

Porque ser servo?
Características de um servo:

1º - Humildade Sem orgulho, soberba, manso, sofredor...

II Tm 2:24 – “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente.”
Independente das circunstâncias, ele continua servindo, mesmo (pelos homens) injustiçado, caluniado... ele continua pois não são seus interesses pessoais que estão em jogo e sim os do Reino dos céus.

2º - Trabalhador Os discípulos sabiam que teriam muito trabalho pela frente... por isso, teriam que aprender a servir.

Jo 5:17 – “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
A obra de Deus é realizada por pessoas dispostas a trabalhar (servir).

A motivação não pode ser outra a não ser servir.
Um servo trabalha muito, ele tem sempre trabalho a fazer.

3º - Faz sem questionar O servo não escolhe o serviço, não discute com seu senhor...

Tt 2:9 – “Exorta os servos que se sujeitem a seu senhor e em tudo agradem, não contradizendo.”
O servo recebe a ordem do seu Senhor, e a realiza.

4º - Não possui nada

Lc 12:15 – “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundancia do que possui.”

Jesus ensinou aos seus discípulos o desprendimento dos bens, de tudo o que é terreno.
Mt 6:19-21, 24, 32-34
Mt 25:23 – “Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”
Somos mordomos das coisas de Deus aqui na terra.
O servo mora na casa o seu senhor, anda no carro do seu senhor, administra as coisas do seu senhor...

Nada é dele, tudo é do seu Senhor.

Conclusão:
Após esse aprendizado a condição dos discípulos de Jesus mudou.
Aprenderam o que significaria para eles serem servos, porém, Jesus revela uma nova fase, como seria então  o relacionamento discípulo-mestre.
Jo 15:14-15 – “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”
Eles se tornaram amigos, pois compreenderam os princípios de seu mestre.
Eu escolho servir, ser servo e seguir o exemplo do meu Senhor e rei – Jesus Cristo – o Filho de Deus.
Deus te abençoe!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Reconhecendo um falso mestre/falso profeta"


Jesus nos advertiu que “falsos Cristos e falsos profetas” virão e tentarão enganar até mesmo os eleitos de Deus (Mateus 24:23-27; veja também 2 Pedro 3:3 e Judas 17-18). Para melhor se prevenir contra a falsidade e contra falsos mestres – conheça a verdade. Para detectar uma imitação, estude a coisa verdadeira. Qualquer crente que “maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15) e que faz um estudo cuidadoso da Bíblia pode identificar falsa doutrina. Por exemplo, um crente que leu as atividades do Pai, Filho e Espírito Santo em Mateus 3:16-17 irá imediatamente questionar qualquer doutrina que negue a Trindade. Portanto, o “primeiro passo” é estudar a Bíblia e julgar todo ensino de acordo com o que diz a Escritura.

Jesus disse “pelo fruto se conhece a árvore” (Mateus 12:33). 
Ao buscar por “frutos”, aqui estão três testes específicos para aplicar em qualquer mestre para determinar a precisão do seu ensino:

1) O que esse mestre diz sobre Jesus? Em Mateus 16:15, Jesus pergunta: “Quem dizeis que eu sou?”. Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, e por essa resposta Pedro é chamado “bem-aventurado”. 
Em 2 João 9, lemos: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho”. Em outras palavras, Jesus Cristo e a Sua obra de redenção são de maior importância; tome cuidado com qualquer um que nega que Jesus é igual a Deus, desvaloriza a morte de Jesus no nosso lugar ou rejeita a humanidade de Jesus. 1 João 2:22 diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”.

2) Esse mestre prega o evangelho? O evangelho é definido como as boas novas concernentes à morte, ao sepultamento e à ressurreição de Jesus de acordo com as escrituras (1 Coríntios 15:1-4). Por mais bonitas que soem, as afirmações “Deus te ama”, “Deus quer que alimentemos os famintos” e “Deus quer que você tenha prosperidade” NÃO são a mensagem completa do evangelho. 
Como Paulo adverte em Gálatas 1:7: “Há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”. Ninguém, nem mesmo um grande pregador, tem o direito de mudar a mensagem que Deus nos deu. “Se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gálatas 1:9).

3) Esse mestre exibe qualidades de caráter que glorificam ao Senhor? Falando de falsos mestres, Judas 11 diz: “Prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá”. 

Em outras palavras, um falso mestre pode ser reconhecido pelo seu orgulho (a rejeição dos planos de Deus por parte de Caim), sua ganância (a profecia de Balaão por dinheiro) e rebelião (a auto-promoção de Corá contra Moisés).

Para estudar mais, revise os livros da Bíblia escritos especificamente para combater falsos ensinamentos dentro da igreja: Gálatas, 2 Pedro, 2 João e Judas. Freqüentemente é difícil identificar um falso mestre/falso profeta. É disso que se trata um “lobo em pele de cordeiro”. Satanás e seus demônios se mascaram como ministros de justiça (2 Coríntios 11:15). Apenas sendo inteiramente familiar com a verdade você será capaz de reconhecer uma imitação.

 Que o Senhor continue a cuidar dos teus passos e abençoar teus dias!!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

HOMOFOBIA, NÃO! "HOMODIAFONIA."



Compartilhado por: Kézia Costa
       

Por favor, não assuste. Sei que a palavra é estranha. Na verdade, trata-se de um neologismo. Eu mesmo o criei (ao menos, sua digitação nos sítios de busca não acusa qualquer resultado). Estava incomodado com o monopólio da outra. Do jeito que vai o debate, parece que o mundo divide-se entre homossexuais e simpatizantes, de um lado, e homofóbicos, de outro. Não concordo.



Homofobia, do grego “homo” (igual) e “fobia” (medo), significa, literalmente, “aversão, medo ou ódio em relação ao homossexual”. Dito assim, não me considero homofóbico. Não tenho medo, apenas discordo da opção e de sua pretensa legitimidade. Foi como cheguei a Homodiafonia, do grego “homo” (igual) e “diafonia” (dois sons distintos, dissonância, discordância). Significa, literalmente, discordância da opção homossexual. Meu caso. Explico:



1. Como cristão, que reconhece as Sagradas Escrituras como regra única de fé e prática, entendo que devo concordar com o apóstolo Paulo quando sugere que o homossexualismo é pecado e consequência do distanciamento do ser humano em relação a Deus: “por causa disso, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram as relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (Romanos 1:26-27).



2. Como cristão, criacionista, isto é, que reconhece na origem do universo a decisão criativa e intencional de Deus, entendo que homens e mulheres foram feitos para um propósito supremo que envolve suas histórias, raças e gênero. Não posso aceitar que um homem, cuja constituição física não lhe faculta o pleno relacionamento com outro homem, ou que uma mulher, para quem ocorre o mesmo, defendam sua opção homossexual como natural. É uma escolha antinatural, que não resulta dos apelos do organismo (o qual não a acompanha) nem de qualquer confissão de fé que apresente um Deus pessoal e soberano (pois pressupõe o acaso ou um tipo de equívoco inicial).



3. Contudo, como cristão, que reconhece a fé como dádiva e a conversão como obra do Espírito, entendo também que as verdades bíblicas e suas implicações práticas não são impositivas, mas um convite à vida em abundância que Deus mesmo concede por sua graça. “Se alguém quiser vir após mim...” – disse Jesus. A igreja não deve se esforçar para obrigar o mundo a viver de acordo com suas convicções (equívoco da cristandade medieval que só produziu guerras e ódio), mas conquistá-lo com amor e testemunho vivo, para que todos vejam como vale a pena andar com Cristo e obedecer aos seus mandamentos. “Não é por força nem por violência...”



4. Como cristão, ainda, que reconhece o direito à vida e à liberdade, desde que não interfira na liberdade alheia, anulando-a, entendo que preconceito, discriminação ...ou perseguição refletem um espírito antibíblico e demoníaco, gerador de contendas e conflitos. Não concordo que a Igreja deva tentar negar aos homossexuais o direito à cidadania e aos acessos comuns a todos, mas também não admito que sua pregação e estilo de vida sejam violentados em nome de uma pseudo-tolerância, uma vez que mostra-se tolerante unicamente com um dos lados interessados. Quero viver numa sociedade onde homossexuais tenham direito de viver como bem entendem e que a Igreja tenha direito de pregar contra todos que vivem como bem entendem, desprezando, assim, a vontade de Deus.



5. Como cristão, que reconhece o poder de Deus para transformar o indivíduo e a coletividade, entendo que tenho o direito de incentivar e apoiar todo homossexual que, rendendo-se aos desafios do Evangelho, assuma que é possível e necessário renunciar a si mesmo e à prática do homossexualismo. Não direi que é doença, nem demônio, nem safadeza (pois, na esmagadora maioria dos casos, não é nada disso), mas que é uma opção contrária àquela que nos propõem as Escrituras, assim como a poligamia, a pornografia, a prostituição, o sexo antes do casamento e tantas outras questões não morais (socialmente, falando), mas espirituais, isto é, que reconhecemos e assumimos como artigos de fé. Um homossexual convertido pode tanto desenvolver uma dinâmica relacional heterossexual quanto tornar-se celibatário por amor a Deus. Tudo é possível ao que crê!



6. Como cristão, que confessa que Deus é amor, sou radicalmente contrário a toda forma de violência contra homossexuais ou quaisquer outros grupos minoritários, incompreendidos ou, simplesmente, diferentes.



7. Enfim, como cristão, que aprendeu com Jesus que piores que aqueles que a religião identifica como impuros e perdidos são aqueles que, religiosos, perderam a capacidade de ouvir a Deus e amar o próximo, digo que nenhum homofóbico, ou racista, ou idólatra, ou avarento, ou arrogante... pode ser um cidadão legítimo do Reino de Deus. Vamos cuidar das traves em nossos olhos antes de apontarmos os ciscos nos olhos alheios.



Por tudo isso, considero-me homodiáfono. Respeito os homossexuais em sua individualidade e sei que há muitos cuja postura e caráter envergonhariam muitos religiosos. No entanto, devo discordar de sua opção e convidá-los ao arrependimento e à autonegação a que tento me submeter diariamente, ainda que nem sempre com sucesso. Deus nos ajudará, ainda que nos faltem a força, os recursos e até as palavras.



Pastor Marcelo Gomes
1ª IPI de Maringá
http://ipimaringa.org.br/boletim.php?id=94
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